Apenas mais uma de amor...

Dia dos namorados no Brasil, eu ia fazer o clássico post nos stories do Instagram, mas lembrei da escritora que vive em mim (preciso falar disso um dia, já tive o sonho de ser escritora) e resolvi escrever sobre o meu roommate/ficante/namorado/noivo/marido, que a Canadá me deu.

Eu e o Saulo nos conhecemos logo que cheguei no Canadá, um mês depois ficamos e quase sete anos depois, aqui estamos casados.

Nossa relação nunca foi fácil ou um mar de rosas, a vida não é um conto de fadas como a Disney me contou. 

Nós viemos de estados diferentes, de realidades diferentes, de criações diferentes, personalidades diferentes, gostos diferentes, etc, etc. 

Mas por alguma razão, nossos caminhos se cruzaram. E que bom que se cruzaram! Porque no meio de todas essas diferenças, aprendemos um pouco do mundo um do outro e é bom demais dividir a vida com ele.

Uma característica que eu sempre quis encontrar em alguém era parceira. Uma pessoa que embarcasse nas minhas ideias. Das mais normais, às mais absurdas. E acho que isso foi o que fez eu me apaixonar pelo Saulo.

Sempre que eu digo "bora?", ele "bora!".

Desde convencer ele a ir no primeiro UFC comigo à ir a Vegas ver o Bruno Mars, ou desde pular de paraquedas no México à comprar nosso primeiro apartamento no Canadá. 

O Saulo embarca nas minhas viagens e eu embarco nas dele.

Jamais imaginei que passaria três dias numa festa de música eletrônica (eca!) em Miami, mas com ele foi muito divertido.

Tenho certeza que ele nunca pensou em ser arrastado pra um pagode pelo menos umas três vezes por ano, mas ele vai, dança e canta comigo.

Eu acordo de mau humor, ele acorda cantando.

Eu curto rock, ele brega.

Ele tomava só destilado, eu só cerveja.

Ele é rato de academia, eu vou porque tem que ir.

Enfim, posso passar o dia escrevendo sobre nossas diferenças ou sobre as coisas que aprendemos a gostar por causa do outro. Posso também passar horas listando todas as coisas que temos em comum.

As pessoas às vezes falam que "relacionamento é uma escolha diária", acho que isso quer dizer: escolher viver com as diferenças um do outro, escolher fazer parte do mundo do outro, escolher conhecer a realidade do outro, escolher participar da vida do outro. Entender que existe a Luísa, existe o Saulo e existe o casal. Perceber que somos semelhantes em muitas coisas, mas também somos diferentes em outras e isso torna tudo mais interessante. 

Aliás, como a minha vida seria sem graça se eu tivesse casado com alguém exatamente igual a mim. 

Obrigada Universo que me enviou alguém tão diferente de mim e, ao mesmo tempo tão parecido. Alguém tão parceiro, engraçado, bem-humorado, dançarino, que me incomoda, me irrita e me faz rir.

Ao meu excelentíssimo: Feliz dia dos Namorados! Obrigada por todas as aventuras até aqui e pelas próximas que virão, que a gente celebre essa e tantas outras datas até ficarmos bem velhinhos. Te amo!

Um beijo,

Luísa