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Apenas mais uma de amor...

Dia dos namorados no Brasil, eu ia fazer o clássico post nos stories do Instagram, mas lembrei da escritora que vive em mim (preciso falar disso um dia, já tive o sonho de ser escritora) e resolvi escrever sobre o meu roommate/ficante/namorado/noivo/marido, que a Canadá me deu. Eu e o Saulo nos conhecemos logo que cheguei no Canadá, um mês depois ficamos e quase sete anos depois, aqui estamos casados. Nossa relação nunca foi fácil ou um mar de rosas, a vida não é um conto de fadas como a Disney me contou.  Nós viemos de estados diferentes, de realidades diferentes, de criações diferentes, personalidades diferentes, gostos diferentes, etc, etc.  Mas por alguma razão, nossos caminhos se cruzaram. E que bom que se cruzaram! Porque no meio de todas essas diferenças, aprendemos um pouco do mundo um do outro e é bom demais dividir a vida com ele. Uma característica que eu sempre quis encontrar em alguém era parceira . Uma pessoa que embarcasse nas minhas ideias. Das mais normais, às...

A Banana é perfeita e eu posso provar

Eu fui uma criança com medo de cachorro, não lembro direito a história, mas parece que quando eu comecei a caminhar, um cachorro veio brincar comigo, eu acabei caindo e desde então tinha medo de cachorro.

Não era nem medo, era pavor. De gatos também, mas principlamente de cachorros. Lembro que tinha um tio que tinha dois filas, toda a vez que eu ia na casa dele, ele tinha que deixar os cachorros no quarto, porque eu fazia um escândalo.

Minha avó por parte de pai sempre teve gato e eu ia na casa dela morrendo de medo também.

E já a minha avó por parte de mãe, sempre tinha uns dois cachorros no pátio e quando eu tinha 5 anos fomos morar com ela. Levei anos para me acostumar com os cachorros, no começo era muito medo, meus primos tinham que me carregar nas costas para eu poder passar por eles e os "póbi" dos cachorros só querendo brincar, coitados.

Não sei o exato momento que passei a me acostumar com eles e até a gostar, mas foram muitos fatores ao longo da vida que foram fazendo eu me acostumar com os doguinhos. Ter amigos que tinham cachorros e eu convivia com eles quando ia na casa deles, depois que mudei da casa da minha avó, ter um vizinho que tinha um cachorro chamado Bidu, que era um amor e ficava no nosso muro pedindo atenção, quando o meu primo adotou o Tobias e por aí vai...

Agora eu mesma ter um cachorro na minha casa, ainda não tinha acontecido.

Até que a Banana chegou dia 11 de Agosto de 2022, quase dois anos atrás.

Eu e meu marido decidimos adotar um cachorro e eu sai buscando nos grupos de adoção no Facebook (aqui no Canadá não tem animal de rua, então a adoção não é tão simples, inclusive eles trazem cachorros de rua de outros países para serem adotados aqui).

Apesar de eu achar uma fofura aqueles  buldogues franceses, eu queria muito adotar e não comprar.

Eu lembro que vi dois cachorrinhos diferentes e apliquei para adotá-los. O primeiro era um corgi macho, que vinha da Coreia do Sul, coisa mais lindinha e eu já tinha até nome para ele - Aipim.

O segundo, era ela, a Banana, uma viralatinha que vinha do México, foi abandonada junto com mais seis irmãozinhos numa caixa de papelão perto do abrigo, tinha 5 meses e na verdade se chamava Diega (esqueçam esse nome). 

Eu tenho o vídeo dela, que eles postaram no Instagram da ONG, salvo nos meus favoritos até hoje. Simplesmente não tinha como não se apaixonar por ela. No vídeo ela vem chegando toda meiga para receber carinho, deita e vira de barriguinha para cima. Ela ainda faz isso, com o mesmo jeitinho.

E eu fico boba falando dela. Quem vê, nem imagina tudo o que passamos com ela nas primeiras semanas...

Apesar de ela ser muito desejada, a adaptação foi difícil - para ela e para mim.

Ela não fazia as necessidades dentro de casa de jeito nenhum só quando estava muito apertada e não aguentava mais (tentei 448147 jeitos diferentes de ensinar isso, sem sucesso). Então levamos algum tempo até criar a rotina e os horários de levar ela na rua para fazer e ela realmente fazer.

Ela não passeava. Não queria sair de casa, tinha medo, se tremia toda. A gente tinha que descer com ela no colo para tentar passear. E passear era sempre uma luta, ela simplesmente sentava, tremia muito e não queria andar.

Dormir foi outra história também, ela não podia dormir do meu lado do quarto porque tem espelho e ela acordava, se via nele e se asustava. Fora isso, acordava algumas vezes durante à noite assustada, chorando.

E como se não bastasse, comer era outra dificuldade. Não conseguia fazer ela comer por nada. Tinha comprado a ração mais cara que me indicaram na petshop e nada. Comprei a ração mais barata, que era a que ela comia no abrigo, e nada.

Mas tudo isso durou alguns choros meus e algumas semanas... até que chegamos na perfeição. Me sinto até culpada quando lembro que senti arrependimento no começo. Como eu posso ter questionado esse serzinho maravilhoso na minha vida?!

Hoje em dia eu sou completamente apaixonada por ela, posso ficar horas aqui escrevendo sobre ela e como a minha vida é fazer ela feliz! Melhor coisa é chegar em casa e ser recebida por ela, é sentar no sofá e ela vir encostar em mim, é chamar ela de longe e ela vir correndo.

Ela é perfeita!

E não só por tudo isso, mas por todo o resto. A Banana anda sem coleira com a gente, as pessoas me perguntam como eu treinei isso - gente, eu não treinei. Ela veio assim de fábrica. Às vezes anda na frente da gente ou atrás, mas sempre de olho para não nos perder, sempre vindo quando a gente chama.

E a bolinha? Doida na bolinha, é capaz de ficar horas brincando - haja braço para jogar essa bolinha. As pessoas também me perguntam como eu treinei para ela me trazer a bolinha de volta - eu não faço a mínima ideia...

Enfim, o post de hoje foi para exaltar a minha neném. E para dizer para vocês que não há coisa melhor do que adotar uma cachorrinha de rua e torná-la uma "cãotricinha", que tem alimentação natural, várias roupinhas, mil brinquedos, petiscos, patas hidratadas e ganha até bolo de aniversário (duas vezes por ano ainda, porque comemoramos a data de nascimento e o dia da adoção).

Adotem! Acho que tem um tipo de amor que só um cachorro consegue entregar para gente e é bom demais poder receber!

Vou deixar aqui um Instagram que vi esses dias, com alguns bichinhos que foram resgatados das enchentes do Rio Grande do Sul e estão precisando de um novo lar, quem sabe você não encontra o amorzinho da sua vida lá?!

Visite: @caesresgatadoscanoas 

Um beijo,

Luísa

Comentários

  1. Devo reconhecer que ela fez total diferença nas nossas vidas!

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    1. Ela é maravilhosa mesmo! E veio para deixar a nossa vida mais feliz!

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