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Apenas mais uma de amor...

Dia dos namorados no Brasil, eu ia fazer o clássico post nos stories do Instagram, mas lembrei da escritora que vive em mim (preciso falar disso um dia, já tive o sonho de ser escritora) e resolvi escrever sobre o meu roommate/ficante/namorado/noivo/marido, que a Canadá me deu. Eu e o Saulo nos conhecemos logo que cheguei no Canadá, um mês depois ficamos e quase sete anos depois, aqui estamos casados. Nossa relação nunca foi fácil ou um mar de rosas, a vida não é um conto de fadas como a Disney me contou.  Nós viemos de estados diferentes, de realidades diferentes, de criações diferentes, personalidades diferentes, gostos diferentes, etc, etc.  Mas por alguma razão, nossos caminhos se cruzaram. E que bom que se cruzaram! Porque no meio de todas essas diferenças, aprendemos um pouco do mundo um do outro e é bom demais dividir a vida com ele. Uma característica que eu sempre quis encontrar em alguém era parceira . Uma pessoa que embarcasse nas minhas ideias. Das mais normais, às...

Confissões de uma pessoa que tem mau humor matinal

Oi, meu nome é Luísa, tenho 33 anos e sofro de mau humor matinal crônico.

Eu juro que eu não queria, mas é mais forte do que eu.

Sabe aquela pessoa que já acorda cantando, querendo bater papo, cheia de energia e etc.?! Essa pessoa não sou eu - mas eu casei com ela.

Eu acordo com olheiras, porque normalmente dormi mal por causa da insônia, sem energia e sem vontade de viver (dramática ela).

Não gosto de bater papo logo que acordei - e olha que eu sou uma matraca na vida, não calo a boca nunca. Mas de manhã cedo, eu simplesmente gosto de ficar na minha.

E é engraçado, porque eu não gosto de conversar quando acordo nem pessoalmente, nem virtualmente. Às vezes eu tenho mensagens no WhatsApp da noite anterior para responder e eu leio, mas deixo elas ali, para responder só quando a minha hora de socializar chegar.

Lembro que, quando eu era adolescente, apenas eu e o meu pai levantávamos cedo de manhã, ele para trabalhar e eu para ir para o colégio. E nós tomávamos café da manhã juntos todos os dias. Meu pai me dizia "bom dia" e eu respondia com um "bom dia" tão para dentro, que ele dizia que eu não falava, eu rosnava para ele. Não tiro a razão dele.

E gente, de verdade, eu não queria ser assim não, tá?! Eu não me orgulho disso. Mas é realmente mais forte do que eu...

Aí, de uns anos para cá, desde que eu casei com a pessoa que acorda cantando todas as manhãs, eu venho tentando trabalhar isso em mim. Mas é difícil, viu?! (Lembra do "é mais forte do que eu"?!).

Meu marido acorda felizão e quer conversar, já eu só queria voltar para a cama. Mas Deus escreve certo por linhas tortas, e tem aí uns bons anos que ele vem acordando mais cedo que eu durante a semana. A gente não toma café da manhã juntos e não temos esse "embate" entre super bom humor e super mau humor matinal.

Não me entendam mal, eu amaria tomar café com ele todos os dias, mas desde que ficássemos os dois em silêncio. E aí, nesse caso, quem não amaria seria ele.

Eu consigo conversar uma meia hora depois que tomei café. É aí que eu viro eu mesma. Até lá, eu sou aquela que rosnava para o meu pai. Luísa de manhã cedo e Luísa pós-café da manhã são dois seres completamente distintos.

"Ah, mas tu vai para a academia às 5 da manhã, como que consegue fazer isso de mau humor?!" Na força do ódio. Eu não vou porque estou com vontade de ir, vou porque tenho que ir. Mas eu ponho meus fones de ouvido no momento que eu fecho a porta de casa, não converso com ninguém, faço meus exercícios, volto para casa, tomo meu banho, tomo o meu café da manhã, fico com a minha cachorra e é aí que, nesse meio tempo, o Hulk vai embora e Bruce Banner volta a ter o controle do próprio corpo/mente.

Mas vou ser mais justa comigo, eu já percebi que, depois que ir à academia se tornou a primeira coisa do meu dia, muitas vezes, quando estou saindo de lá, eu já estou bem-humorada, já sou Bruce Banner de novo. Talvez seja a tal da endorfina, né?! Não funciona assim todos os dias, mas acho que na maioria deles.

Enfim, galera, esse foi mais um texto com fatos sobre mim que ninguém se importa, mas eu quis escrever sobre. Talvez para ser uma carta de desculpas minhas às pessoas que já foram atingidas pelo meu mau humor matinal. Meus pais, meu irmão, meu marido, minhas amigas: eu juro que não foi por querer, tá?!

Um beijo,

Luísa

Comentários

  1. Bem tu mesmo, não puxou nem a mãe, nem o pai e nem o mano kkkkkk

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    1. Faz parte... 🤷‍♀️ vocês que lutem! 😝

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  2. Relatos da vida real. 💕

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    1. Né?! Mas ainda bem que eu tive a sorte de casar com alguém bem-humorado e não alguém igual a mim. 😁💕

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